29 novembro, 2006

Platônico

Ei você, morena dos cabelos longos e cacheados. Da cintura fina, do rosto arredondado. Do corpo pequeno e torneado, do bumbum arrebitado. Da pele cor da noite, lisa e reluzente. De olhos negros, profundos, penetrantes, distantes e atraentes. De perfume suave como a maresia, que você não sente só com o olfato, você sente com o corpo.
Pra que essa pressa toda? Pare, relaxe, observe, sinta, espere, olhe. Correr pra que? Fugir de que? Medo do que? Calma, sou eu que te observo, não quero seu mal, só quero seu bem, só quero ser seu e só quero ter você também. Correndo você não aproveita os presentes da vida. Aprendi isso quando parei, esperei, observei, olhei, senti e me apaixonei. Não corra não, olhe para mim, para meus lábios querendo te dizer algo que não consigo, querendo tocar os seus lábios carnudos e molhados. Olhe para os meus olhos e você vai ver, vai reparar o quanto eu te quero e te desejo. Sinta o meu perfume, deixe ele entrar em você e se alojar na sua mente, no seu coração. Quero você, quero a sua paixão, quero seu amor, quero o seu sexo, quero sua pele na minha, quero o seu calor. Quero ter você como minha mulher. Me olha!